A ansiedade começou logo durante o voo, "como seria encontrar-te pela primeira vez?", mil e um pensamentos, mil e uma questões...e um sorriso que aumentava ao aproximar do aeroporto...tinha escolhido chegar no dia 10 intencionalmente, queria mudar a história daquele dia...
Saindo por uma porta que apesar de grande parecia pequena para tanta gente, rodeado de sotaques diferentes, descobri-te, pequena, no meio da multidão, e em sintonia (sempre essa sintonia) esboçamos os dois aquele sorriso que já conhecíamos tão bem. Correste na minha direcção, que nem uma criança feliz, e recebi-te em meus braços pela primeira vez...senti o teu toque...o teu cheiro...o teu abraço apertado...e logo ali nos perdemos num beijo...o nosso primeiro beijo...um encaixe perfeito de nossas bocas, línguas, parecia que nos conhecíamos à muito tempo...
O caminho até ao carro pareceu longo, nem acreditávamos que estávamos ali, juntos, e o silêncio imperava, mas não nos perturbou, éramos íntimos o suficiente para comunicar por olhares e pensamentos. Chegando ao carro, perdemos nos de novo num beijo, desta vez mais fogoso, mais safado, mais..."nosso"...Ligaste o carro, a musica começou a tocar, uma "trilha sonora" bem conhecida, e o meu olhar que não te largava, completamente perdido em ti, com aquele sorriso bobo. Ao chegar ao teu apartamento a tensão foi aumentando, o beijo no elevador foi longo, molhado, atrevido, safado mesmo, as nossas respirações já estavam alteradas e assim que a porta de casa se fechou nos enrolamos como em tantas outras noites, não era só amor ou paixão, era um fogo intenso...um tesão intenso...que fez com que nos amassemos ali mesmo, na parede fria do corredor...
(continua...)
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